sexta-feira, 20 de junho de 2008


HAPPING

O happening do inglês, acontecimento, é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa forma, apresenta características das artes cénicas. Neste tipo de obra, quase sempre planeada, incorpora-se algum elemento de espontaneidade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação.

O termo foi inicialmente utilizado pelo pintor Allan Kaprow, em 1958, para se referir à sua própria obra improvisada, e a sua aplicação estendeu-se a outros campos como a música (John Cage), a pop-art (Andy Warhol) e a poesia (Dick Higgins), porém podemos recuar até à Comedia del Arte italiana ou commedia all improviso, para encontrar representações semelhantes na forma e no objectivo.

Não é descabido aproximar este tipo de experiência às improvisações feitas na pintura em estéticas como o surrealismo ou o dadaísmo. Para alguns historiadores, como sinónimo de performance, o happening é diferente porque, além do aspecto de imprevisibilidade, geralmente envolve a participação directa ou indirecta do público espectador.

O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow, em 1959. Como evento artístico, acontecia em ambientes diversos, geralmente fora de museus e galerias, nunca preparados previamente para esse fim.

O músico John Cage foi o responsável pelo Theather Piece ou “o evento”, realizado no Black Mountain College, em 1952, considerado o primeiro happening da história da arte.


ALLAN KAPROW

Nasceu a 23 de Agosto de 1927 e morreu a 5 de Abril de 2006, foi um
pintor estadunidense, assemblagista e um dos pioneiros estabelecimendos conceitos de performance.
Ele estudou composição com John Cage e na famosa classe da New School for Social Research, tendo estudado pintura com Hans Hofmann, e história da arte com Meyer Schapiro.
Ele auxiliou no desenvolvimento de "Ambiente" e de "Happening" nos finais da década de 1950 e da década de 1960, bem como de sua teoria.
Os seus "Happenings", quase 200, ocorreram durante anos.

Gradualmente Kaprow alterou estas práticas para o que ele denominou de "Actividades", trechos de pequena escala para um ou mais performers e objectivando examinar comportamentos e hábitos do dia-a-dia, de uma forma quase indistinta da vida comum. Fluxus, performance, e arte de intalações foram influenciadas por seu trabalho.

O seu trabalho visa integrar arte e vida. Através dos Happenings, a separação entre arte e vida, e artista e audiência se torna difusa. Ele publicou utilmente e foi professor emérito do Departamento de Artes Visuais da Universidade da Califórnia em San Diego, é também conhecido por sua ideia de "a-arte", encontrada em seus ensaios.

A sua influência é também evidente no Instituto de Artes da Califórnia, em que ele leccionou durante os anos da sua formação.

ALGUMAS OBRAS DO ALLAN KAPROW

quinta-feira, 19 de junho de 2008



Minimal Art

Movimento ou estilo artístico que surgiu nos Estados Unidos da América durante a década de 60, vários artistas começaram a expor em Nova Iorque e Los Angeles trabalhos como uma lâmpada fluorescente aparafusada diagonalmente à parede (The Diagonal of May 25, de Dan Flavin) ou placas de metal deitadas no chão (Aluminum-zin Dipole E/W, de Carl Andre). Estes objectos confundiram os críticos, que não sabiam como descrever e definir estas novas obras de arte. Como reacção à extrema subjectividade e emotividade do expressionismo abstracto dos anos 50. A palavra minimalismo foi pela primeira vez apresentada como um termo de arte em 1937 por John Graham, um artista americano de origem russa, no entanto, foi David Burliuk quem pioneiramente utilizou a palavra minimalismo num artigo datado de 1927, onde escrevia sobre o trabalho de John Graham. Daí que seja difícil precisar quem foi o primeiro a usar o termo, se David Burliuk ou John Graham. Mas foi com o artigo de um filósofo britânico, Richard Wollheim, publicado em 1966 e intitulado “Minimal Art “, que o termo entrou no discurso crítico.
O minimalismo, tal como o construtivismo, privilegia o racionalismo e o pensamento matemático. Rejeita o lirismo, a subjectividade e os interesses sociológicos exteriores, volta-se sobre si mesmo e sobre a sua própria análise. O movimento foi uma reacção à prolongada obsessão americana pela individualidade, que estava esgotada com a constante luta entre as liberdades de cada um e as exigências da sociedade. Na década de 60, quando o país tentava sair do conformismo obediente a que tinha estado sujeito durante a Segunda Grande Guerra, essa obsessão pelo individual tornou-se insustentável. A arte deixa de ser expressão do sujeito, para ser a força através da qual a mente impunha ordem e racionalidade às coisas.
Ao mesmo tempo que surgia o termo minimalismo, surgiam outras etiquetas para classificar o novo estilo, normalmente para dar títulos a exposições, como por exemplo, «ABC Art», « Primary Structures », « Cool Art », « Specific Objects » e « The Art of the Real».
Formalmente, a arte minimal caracteriza-se por uma estrutura muito simplificada, utiliza um método conceptual de composição racionalmente desenvolvido que consiste em disposições simples de unidades idênticas e intermutáveis, com frequência modulares, de inspiração matemática, ou resolvendo permutações geométricas, grelhas ou repetições que podem continuar ou prolongar-se infinitamente. Pelo seu carácter «anti-formal» – simplificação extrema das estruturas e ausência de reflexo pessoal – a arte minimal teve uma influência considerável na arte conceptual, onde a imagem cede lugar a uma representação textual.
Antes mesmo do movimento ser oficialmente reconhecido, já em Nova Iorque se realizavam manifestações minimalistas. A tendência para simplificar formas e linguagem já tinha se tinha revelado no mobiliário desenhado por Shaker, na filosofia pragmática de Charles Sanders Peirce e de William James, na pintura de Charles Sheeler, no realismo «científico» de Thomas Eakins, nas fotografias de Paul Strand e Walker Evans e na poesia de William Carlos Williams e Marianne Moore. Podemos ver também uma antecipação do minimalismo nos anos 50 na austeridade do teatro de Samuel Beckett e no novo romance de Allain Robbe-Grillet. Beckett na sua última fase reforça a simplicidade da forma e do conteúdo, para o dramaturgo as palavras são o principal ingrediente da arte da imperfeição, formando uma barreira impenetrável da linguagem que nos impede de sabermos a verdade e a essência das coisas. Para ele o nada é a realidade suprema. A peça Breath de 1969 é exemplo claro desta fase, dura somente trinta segundos, não tem personagens nem palavras. A negação voluntária do seu conteúdo torna-se verdadeiramente o seu princípio formal. A arte só pode reconciliar-se com a sua própria existência ao virar para o exterior o seu carácter de aparência, revelando o seu vazio interior.
Uma outra forma de expressão criada pelos minimalistas é o happening, uma situação, actuação improvisada, ou que o é aparentemente, projectada de modo a gerar a participação dos espectadores.O termo foi pela primeira vez usado pelo encenador americano, Allen Kaprow, no seu livro Something to Take Place: A Happening. Eram a favor da improvisação, da espontaneidade e do automatismo, mas não um automatismo puro, ditado do pensamento, ausente de qualquer controlo exercido pela razão.
O minimalismo operou mudanças decisivas não só na pintura, com nomes como o de Ad Reinhardt, ou na escultura, com Donald Judd, Robert Morris, Carl Andre e Dan Flavin, mas também na música e na dança. Na música, Philip Glass e Steve Reich compõem música que tem uma estrutura modular, onde a repetição é permanente. Na dança, Lucinda Childs faz coreografias implacavelmente repetitivas compostas num palco vazio, completamente nú.
Uma outra forma de arte minimal, e desta vez anterior à década de 60 é o haikai. O haikai é uma das mais importantes formas da poesia tradicional japonesa, e também a mais curta das composições poéticas; menor que o soneto, que a trova e mesmo que o epigrama grego.
O haikai surgiu no século XVI, mas foi Matsuo Basho no século XVII quem lhe deu maior expressão e divulgação. Caracteriza-se pela sobriedade da palavra, a vaga exposição da ideia, fornecendo, no entanto, ao leitor um vasto mas subtil conjunto de impressões. Os mais variados motivos do dia a dia servem-lhe de tema, e o sentido dos versos é o que está dito nele, nada está oculto.
O movimento da Minimal Art transcende a pintura, apesar de diversos pintores trabalharem próximo dela.
Num sentido estrito, apenas os objectos, esculturas e instalações de cinco artistas se inscrevem na Minimal Art: Carl Andre (1935), Dan Flavin (1933-1996), Donald Judd (1928-1994), Sol LeWitt (1928) e Robert Morris (1931). Contudo, nenhum concordou com o rótulo minimal artist.
Artistas minimalistas
Carl Andre, Donald Judd, Dan Flavin, Sol LeWitt, Ronald Bladen, Robert MorrisO que disse Sol LeWitt (1928): Recentemente tem-se escrito muito sobre a Minimal Art, mas ainda não descobri ninguém que admitisse fazer este tipo de coisas. Por isso concluo que faz parte de uma linguagem secreta que os críticos de arte utilizam quando comunicam uns com os outros através das revistas de arte.

A exposição “Linhas, grelhas, manchas, palavras” reúne uma selecção de desenhos da Colecção do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Todos os desenhos apresentados partilham uma composição simples, impessoal e minimalista. A linguagem da arte minimal inclui linhas rectas, utilização de cores primárias e formas geométricas organizadas em colunas, grelhas e/ou sequências repetitivas. Com particular ênfase na escala e na percepção, os artistas minimalistas privilegiam a experiência física do espectador ao contrário de demonstrações de expressão artística. Embora estes critérios sejam relativamente mais simples de utilizar em objectos que vieram a definir a arte minimal, são por vezes mais complexos de identificar no que respeita estudos, esboços e outras obras em papel. Em desenho, o físico e o táctil são antes visíveis sob a forma de pequenas inconsistências, tomando a aparência de erros que suavizam o anonimato das linhas e grelhas.

Com início na década de 1960, quando a linguagem formal da arte minimalista estava estabelecida, a presente exposição pretende traçar a evolução dos aspectos formais (linhas isoladas, grelhas, monocromáticos e texto) e dos aspectos individuais (rasgar, dobrar e rabiscos) da expressão experimental à sua codificação como convenção ou instrumentos disponíveis para apropriação pelas seguintes gerações de artistas.

Algumas obras Minimalistas



terça-feira, 17 de junho de 2008


"Cada peça é diferente, mas profundamente ligada a mim" – Pina Bausch

O trabalho de teatro-dança de Pina Bausch combina tristeza e desespero calado com "a expressão calorosa do amor à vida". A Coreografa explica que "Os temas permanecem os mesmos; o que muda são as cores" Ao narrar, ela se mantém fiel a determinados princípios: ações simultâneas, marcação das diagonais do palco, repetições propositais e suspense dramático por meio de contraposições e progressões.



Análise da
Obra de Gilberto Zorio por Marisa Pereira:










Uma estrela desenhada sobre duas folhas brancas rasgadas


















Arte Povera


Arte Povera

A Arte Povera (arte pobre) foi um movimento artístico italiano que se desenvolveu na segunda metade da década de 60. Os seus adeptos usavam materiais de pintura não convencionais (ex.: terra, madeira e trapos) com o intuito de empobrecer a pintura e eliminar quaisquer barreiras entre a arte e o dia-a-dia das pessoas.
As principais figuras desse movimento foram Michelangelo Pistoletto, Jannis Kounellis, Giovanni Anselmo, Giuseppe Penone, Giulio Paolini, Mário Merz, Luciano Fabro e Gilberto Zorio.
Um importante papel foi também desenvolvido pelo crítico Germano Celant, que inventou o termo Arte Povera em 1967 e tentou a todo o tempo arranjar uma nova definição para ele.
Os artistas da Arte Povera tiveram o mérito de desafiar os padrões da arte vigente, ocupando o espaço com o seu transcendental e intemporal nível de realidade.
O uso de matéria viva foi visto de forma ainda mais espectacular na instalação de Kounellis, em que uma arara foi posta em frente a uma tela pintada, demonstrando que a natureza contêm cores ainda mais vívidas que qualquer pintura.
Havia outra preocupação dos artistas, que era em criar uma forma de interacção entre o trabalho e o espectador. Na obra Vietname, de Pistoletto, as imagens estavam coladas a um espelho que reflectia os visitantes da galeria que assim se tornavam também figuras transitórias do quadro.
Embora a Arte Povera tenha sido associada à Arte Conceitual praticada em outros países, os seus artistas realizaram uma produção própria, de inquestionável individualidade. Os seus trabalhos fora largamente expostos na Itália e no restante da Europa, assim como nos Estados Unidos, trazendo significativa contribuição para a arte de vanguarda nas últimas décadas do Século XX, apesar do ressurgimento da pintura figurativa nos anos 80.


Gilberto Zorio






Gilberto Zorio é um artista italiano, nasceu em 1944, em Andorno Micca, Itália. Entre 1963 e 1970, estudou na Academia de Belas-Artes de Turim, onde conheceu os artistas Michelangelo Pistoletto e Giuseppe Penone. Em 1967, realizou na cidade de Turim a sua primeira exposição individual e associou-se aos artistas conterrâneos que integraram o movimento da Arte Povera. As obras deste período anunciam já algumas opções que caracterizarão toda a sua obra futura, como a diversidade dos materiais (cimento, eternite, gesso, água salgada) e dos processos utilizados para criação de fenómenos físicos ou químicos que resultam da interacção dos materiais entre si ou da sua relação com os espaços envolventes.
Em 1969, realizou a sua primeira exposição no estrangeiro e produziu uma série de trabalhos, como a peça Per Purificare la Parole, em que usa elementos escritos, colocados sobre as paredes.
O artista utilizou, de forma cada vez mais frequente, materiais modernos e da alta-tecnologia (como a luz fluorescente) que são dotados de sentidos metafísicos e quase sagrados e se associam a inscrições literárias.
Na década de 80, torna-se mais evidente a procura duma síntese entre produtos naturais e produtos culturais através da mistura de materiais orgânicos com restos de máquinas. Neste período, Gilberto Zorio criou a peça "Canoa de Modena" (1995), a partir de um fragmento de uma canoa e de partes de objectos industriais.






Arquitectura desconstrutivista também chamada movimento desconstrutivista ou simplesmente desconstrutivismo ou desconstrução, é uma linha de produção arquitectónica pós-moderna que começou no fim dos anos 80. Ela é caracterizada pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear, por um interesse pela manipulação das ideias da superfície das estruturas ou da aparência, pelas formas não-retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitectura, como a estrutura e o envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) do edifício. A aparência visual final dos edifícios da escola desconstrutivista caracteriza-se por um caos controlado e por uma estimulante imprevisibilidade. Tem base no movimento literário chamado desconstrução. O nome também deriva do construtivismo russo que existiu durante a década de 1920 de onde retoma alguma de sua inspiração formal.
Entre alguns dos importantes eventos históricos do movimento desconstrutivista estão o concurso internacional
parisiense do Parc de la Villette (especialmente as participações de Jacques Derrida, Peter Eisenman e o primeiro colocado, Bernard Tschumi), a exposição de 1988 do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque Deconstructivist Architecture, organizada por Philip Johnson e Mark Wigley, e a inauguração em 1989 do Wexner Center for the Arts em Columbus, Ohio, projectado por Peter Eisenman. Na exposição de Nova Iorque foram exibidas obras de Frank Gehry, Daniel Libeskind, Rem Koolhaas, Peter Eisenman, Zaha Hadid, Bernard Tschumi e da Coop Himmelb au. Desde a exibição, muitos dos arquitectos que estiveram associados ao desconstrutivismo distanciaram-se desse termo. No entanto, o termo "desconstrutivismo" perdurou, e seu uso actual, de fato, abarca uma tendência geral dentro da arquitectura contemporânea.
Inicialmente, alguns dos arquitectos conhecidos como desconstrutivistas foram influenciados pelas ideias do filósofo
francês Jacques Derrida. Eisenman manteve um relacionamento pessoal com Derrida, mas mesmo assim sua abordagem ao projecto arquitectónico se desenvolveu muito antes de tornar-se um desconstrutivista. Para ele, o desconstrutivismo deve ser considerado uma extensão do seu interesse pelo formalismo radical. Alguns seguidores da corrente desconstrutivista foram também influenciados pelas experimentações formais e desequilíbrios geométricos do construtivismo russo. Há referências adicionais no desconstrutivismo a vários movimentos do século XX: a interacção modernismo/pós-modernismo, o expressionismo, o cubismo, o minimalismo e a arte contemporânea. A intenção do desconstrutivismo como um todo é libertar a arquitectura do que seus seguidores vêem como as "regras" constritivas do modernismo, tais como a "forma segue a função", "pureza da forma" e a "verdade dos materiais".


Biblioteca Central de Seattle, por Rem Koolhaas e seu Escritório para Arquitectura Metropolitana (OMA).
Na
arquitectura contemporânea, o desconstrutivismo situa-se em oposição à racionalidade ordenada do modernismo. Sua relação com o pós-modernismo também é resolutamente oposta. Embora arquitectos pós-modernistas e desconstrutivistas emergentes tenham publicado suas teorias lado a lado no periódico Oppositions (Oposições), publicado entre 1973 e 1984, o conteúdo dessa revista marcaria o início de uma ruptura decisiva entre os dois movimentos. A desconstrução assumiu uma postura de confrontação frente à arquitectura e à história arquitectónica, querendo separar e desmontar a arquitectura. Ainda que o pós-modernismo tenha retornado a abraçar — geralmente às escondidas ou ironicamente — as referências históricas que o modernismo temia, o desconstrutivismo rejeita a aceitação pós-moderna dessas referências. Também rejeita a ideia de ornamento como uma reflexão a posteriori ou decoração. Esses princípios têm como consequência o alinhamento do desconstrutivismo com as susceptibilidades do anti-historicismo modernista.
Além do Oppositions, outro texto que separava o desconstrutivismo da rixa entre modernismo e pós-modernismo foi a publicação de Complexity and Contradiction in Architecture ("Complexidade e Contradição em Arquitectura") por
Robert Venturi, em 1966. Um ponto de definição tanto para o pós-modernismo quanto para o desconstrutivismo, Complexity and Contradiction argumenta contra a pureza, clareza e simplicidade do modernismo. Com essa publicação, o funcionalismo e o racionalismo, os dois principais ramos do modernismo, foram derrubados como paradigmas de acordo com as leituras pós-modernistas e desconstrutivistas, com interpretações diferentes. A interpretação pós-moderna de Venturi (o qual foi ele próprio um pós-modernista) é a de que o ornamento e a alusão histórica acrescentam uma riqueza à arquitectura a qual o modernismo havia renunciado. Alguns arquitectos pós-modernos procuraram reutilizar decorações mesmo em construções económicas e mínimas, um esforço melhor ilustrado pelo conceito de "galpão decorado" de Venturi. O racionalismo do design foi rejeitado, mas o funcionalismo da construção continuava ainda um tanto intacto. Trata-se de algo próximo à tese do que seria o próximo grande trabalho de Venturi, em que os signos e ornamentos podem ser aplicados a uma arquitectura pragmática, instilando as complexidades filosóficas da semiótica.


Vitra Design Museum, por Frank Gehry, em Weil am Rhein, Alemanha.
A leitura desconstrutivista de Complexity and Contradiction é bastante diferente. A construção básica foi o objecto das problemáticas e complexidades no desconstrutivismo, sem desprender-se do ornamento. Em vez de separar ornamento e função, assim como os pós-modernistas como Venturi, os aspectos funcionais das construções foram postos em causa. A
geometria era para os desconstrutivistas o mesmo que o ornamento para os pós-modernistas, o objecto de complicação, e esta complicação da geometria foi, por sua vez, aplicada aos aspectos funcional, estrutural e espacial das construções desconstrutivistas. Um exemplo de complexidade desconstrutivista é o Museu de Design Vitra, de Frank Gehry, em Weil am Rhein, que apropria-se do típico cubo branco sem adornos das galerias de arte modernistas e o desconstrói, utilizando-se de geometrias reminiscentes do cubismo e expressionismo abstracto. Isso subverte os aspectos funcionais da simplicidade modernista tendo simultaneamente o modernismo, particularmente o estilo internacional, de que sua superfície de reboco branco lembra, como um ponto de partida. Outro exemplo de interpretação desconstrutivista de Complexity and Contradiction é o Centro de Artes de Wexner, de Peter Eisenman. O Centro de Artes apropria-se da forma arquetípica do castelo, que, em seguida, imbui-se de complexidade em uma série de cortes e fragmentações. Uma grade tridimensional estende-se arbitrariamente até certo grau. A grade, como uma referência ao modernismo, da qual é um acessório, colide com a antiguidade medieval de um castelo. Algumas das colunas da grade intencionalmente não alcançam o solo, pairando por sobre escadarias, criando um sentimento de desconforto neurótico e contradizendo o propósito estrutural da coluna. O Centro de Artes Wexner desconstrói o arquétipo do castelo e submete sua estrutura e espaços a conflitos e diferenças.
[editar] Filosofia desconstrutivista

Arte de instalações por Peter Eisenman no jardim interno do Museu Cívico de Castelvecchio em Verona, intitulado: "Il giardino dei passi perduti," ("O jardim dos passos perdidos").
O principal canal da
filosofia desconstrutivista à teoria arquitectónica ocorreu através da influência do filósofo Jacques Derrida sobre Peter Eisenman. Eisenman traçou algumas bases filosóficas do movimento literário da Desconstrução e colaborou diretamente com Derrida em alguns projectos, como a participação no concurso do Parc de la Villette, documentado em Chora l Works. Tanto Derrida e Eisenman como Daniel Libeskind estavam preocupados com a "metafísica da presença" e este é o principal tema da filosofia desconstrutivista na teoria arquitectónica. O pressuposto é que a arquitectura é uma linguagem capaz de comunicar um sentido e de ser tratada por métodos da filosofia linguística.[6][7] A dialéctica da presença e da ausência, ou do sólido e do vazio, aparece em muitos projectos de Eisenman, tanto nos construídos como nos não-construídos. Tanto Derrida quanto Eisenman acreditam que o locus, ou o lugar da presença, é arquitectura, e a mesma dialéctica da presença e da ausência é encontrada na construção e na desconstrução.
De acordo com Derrida, a leitura de textos é melhor realizada quando se está lidando com estruturas narrativas clássicas. Qualquer desconstrução arquitectónica requer a existência de um arquétipo de construção particular, uma expectativa convencional fortemente estabelecida sobre a que jogar contra a flexibilidade das normas.
[8] O projecto de Frank Gehry de sua residência em Santa Mónica (de 1978), foi citado como o protótipo de uma construção desconstrutivista. Seu ponto inicial foi uma casa suburbana. Gehry alterou sua massa, vedações e planos em uma lúdica subversão, um ato de "des"construção.[9] Além da concepção de Derrida sobre a metafísica da presença e da desconstrução, suas noções de rastro e apagamento, incorporadas a sua filosofia da escrita e arqui-escrita encontrou seu caminho nos memoriais desconstrutivistas. Daniel Libeskind concebeu muitos de seus primeiros projectos como uma forma de escrita ou tratado sobre a escrita e muitas vezes trabalhos com forma de poesia concreta. Realizou esculturas arquitectónicas com livros e também cobriu os modelos com textos, referindo abertamente sua arquitectura à escrita. As noções de rastro e apagamento foram postas em prática por Libeskind em seu projecto do Museu Judaico de Berlim. O museu é concebido como um rastro do apagamento do Holocausto, pretendendo tornar seu tema legível e comovente. Memoriais como o Monumento aos Veteranos do Vietnãm de Maya Lin e o Memorial aos Judeus Mortos da Europa de Peter Eisenman também reflectem temas de rastro e apagamento.













BODY ART (Arte do Corpo)



Body Art ou Arte do Corpo em português surgiu como reacção ao Minimalismo (formas geométricas) e à Arte Conceitual (arte da ideia), faz com que se manifestem as Artes Visuais.

Esta arte surgiu influenciada por diversos contextos históricos tais como:
· A disputa entre a URSS e o EUA; Guerra no Vietnam;
· A ida do Homem à Lua;
· O Movimento Hippie (liberdade sexual e pacifismo);
· Contra-cultura;
· E explosão da juventude.

Neste tipo de arte, que leva à reflexão, existe:
· constante utilização do corpo, por vezes até do próprio artista;
· Crítica à arte, dado que questiona e classifica estilos assim como a própria definição de Arte;
· Relaciona a Arte com o quotidiano;
· Tudo pela Arte, utilizando por vezes a dor, mutilações ou coisas bizarras;
· Várias técnicas tal como a pintura, as tatuagens, dançam, fotografias ou mesmo vídeos.

A Body Art ou Arte do Corpo popularizou-se na década de 1960, tendo-se espalhado por todo o mundo, muitas vezes assumindo o papel de um ritual ou até representação pública, havendo portanto ligações com o Happening e a Performance.
A partir da década de 90, este tipo de arte deixa de ser tão radical, “Arte pela arte”…
BODY ART (Arte do Corpo)


“Tudo pode ser usado como arte” (até o corpo)

A premissa acima citada provém de Marcel Duchamp, um revolucionário que se dedicou principalmente a destruir conceitos e a negar o estabelecido. Para ele tudo podia ser considerado arte e influenciava a corrente “Anti-arte”.
Marcel Duchamp, francês, nasceu em 1887, em Blainville-Crevon, perto de Rouen. Entre 1904 e 1905 estudou em Paris, na famosa Academia Julian. A partir de 1905 executou inúmeros desenhos humorísticos que foram publicados em jornais como Le Courier Français , Le Rire , entre outros. Duchamp realizou também aguarelas e pinturas por princípios impressionistas. Posteriormente enveredou na tendência pós-impressionista, realizando em 1910 o quadro "Portrait de l'Artiste". Neste mesmo ano, Marcel Duchamp experimentou o registo fauvista. Em 1911 o artista juntou-se aos irmãos, o escultor Raymond Duchamp-Villon e o pintor Jacques Villon, desenvolvendo a actividade artística em conjunto e, no ano seguinte, os três associaram-se ao grupo da Secção de Ouro (Section d'Or ). Influenciado pelos princípios estéticos do Cubismo e do Futurismo Italiano, Duchamp realizou uma série de pinturas de grande originalidade, nomeadamente a famosa o "Nu descendant l'escalier".
Instalado nos Estados Unidos, Marcel Ducamp iniciou nesse mesmo ano a publicação da revista The Blindman que se ligou a um movimento emergente na Europa, o Dadaísmo. Uma das pinturas mais conhecidas desta fase do artista é o quadro "L.H.O.O.Q.", de 1919, que apresentava uma reprodução da Mona Lisa (do pintor renascentista Leonardo da Vinci) com bigodes e barbicha. Na década de 20, Duchamp criou um conjunto de peças que denominou "Rotatives" e "Rotoreliefs", através das quais aborda o tema da máquina inútil. A partir de 1927 juntou-se ao movimento surrealista, realizando um vasto conjunto de trabalhos de entre os quais se destacam as cenografias para as exposições deste movimento realizadas em Paris em 1938 e em 1947. Enquanto membro desta corrente, Duchamp foi ainda responsável pela organização da mostra First Papers of Surrealism , apresentada em Nova Iorque em 1942. Entre 1936 a 1941 o artista produziu inúmeras caixas, denominadas "Boîte en valise", onde reuniu reproduções de pequena dimensão das suas principais obras, distribuindo-as pelos seus amigos e, em 1946, realizou a sua última obra, após o que se dedicou com inteira paixão ao jogo de xadrez. Marcel Duchamp viria a falecer em Neuilly-sur-Seine, em 1968. A sua obra, bastante original foi influenciada pelos principais movimentos estéticos de inícios do século, constituindo igualmente inspiração para inúmeras correntes, tais como o dadaísmo e o surrealismo. Desafiando continuamente todas as ideias tradicionais de arte assim como os seus limites, a sua obra demonstra e proclama a importância da ideia sobre o processo de execução, o que a torna precursora das tendências minimalistas e conceptualistas da segunda metade do século XX.


BODY ART (Arte do Corpo)

Vito Acconci
Este artista norte-americano, nasceu em 1940, em Nova Iorque. Estudou literatura no Holy Cross College, em Nova Iorque, entre 1958 e 1962, frequentando posteriormente a Universidade de Iowa (1960-1964).Iniciou a sua actividade artística no final dos anos sessenta, reagindo contra a rigidez matemática e a austeridade formal do movimento minimalista que se desenvolveu durante essa década. Procurou então exprimir-se artisticamente de forma intensa na tentativa de provocar reacções emotivas e apaixonadas no público.Opondo-se ao carácter comercial da arte, desenvolveu manifestações que se dirigiam directamente ao público. Desta forma, escolheu a performance como manifestação para concretizar as suas propostas! Realiza em Nova Iorque, em 1969, a sua primeira exposição individual.O uso do próprio corpo como tema e material de trabalho e veículo para a expressão liga-o ao movimento da Body Art. Nas acções que realizou, Acconci aborda normalmente temáticas ligadas à relação entre o homem, o sexo, o prazer e o desejo. Grande parte das performances foram documentadas em fotografias, como é o caso da acção "Seedbed", apresentada em 1972 em Nova Iorque.Em 1970 realizou trabalhos em vídeo e em película, de que é exemplo o filme Body Art, concretizado entre 1970 e 1972. Produziu também desenhos e colagens como "L'Attico Roma" (1972), uma colagem de fotografias à qual associa textos escritos com giz sobre cartão. Realizou ainda um conjunto de esculturas e de instalações que colocou em espaços urbanos, explorando o potencial da grande escala para estabelecer relações estranhas com os lugares em que as peças se inserem, de que é exemplo a peça "Multi-bed 4", de 1991.Foi professor de teoria de arte na School of Visual Arts de Nova Iorque entre 1968 e 1971.

A chegada do homem á lua

No dia 4 de Outubro de 1957, os russos puseram em órbita o primeiro satélite da Terra que foi fabricado pelo homem: o Sputnik. O único som que se ouviu vindo do espaço foi um "bip". Este “bip” foi provocar um enorme entusiasmo nos Homens e foi retransmitido por todas as rádios do planeta.

No mesmo ano, 1961, o presidente John Kennedy, dos Estados Unidos, declarou que em dez anos um americano pousaria na Lua. "We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy but because they are hard", disse o presidente na ocasião.
Passaram – se oito anos e a viagem à Lua iniciou-se numa quarta ensolarada no dia 16 de Julho de 1969, às 9:32 da manhã, no complexo 39 da plataforma de lançamento A, no Kennedy Space Center, Flórida, EUA, com o lançamento da Apolo XI.


A bordo da nave Apolo XI, Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins aterraram na Lua após terem levantado voo em 16 de Julho do ano 1969.
Como comandante da Apolo XI, Armstrong pilotou o módulo lunar com o Aldrin, enquanto o Collins permaneceu em outro módulo em órbita lunar. Durante duas horas e meia, os dois recolheram amostras do solo lunar, fizeram experiências e tiravam fotografias.




Todo o mundo ficou em alerta naquele dia. Nada menos que 850 jornalistas de 55 países registaram o acontecimento. Cerca de 1,2 bilhão de pessoas testemunharam, via satélite, a alunagem, considerada impossível tempos atrás. Hoje em dia ainda muitas pessoas duvidam deste acontecimento (a chegada do Homem á lua), mesmo com outras missões tripuladas que se lançaram no espaço, após Armstrong ter colocado o seu pé esquerdo, coberto pela bota azul, no chão fino e poroso do solo lunar.


Em 20 de Julho de 1969 o astronauta americano Neil Armstrong, de 38 anos de idade, entrou para a história como o primeiro homem a pisar a Lua e a descobrir a Terra.


A conquista da Lua:

A conquista da Lua classifica-se pelo início da corrida espacial entre os Estados Unidos
e a URSS, década de 1960, e também pela maioria das pessoas que é um dos episódios emocionantes. O Homem sempre se fascinou pela lua da qual este interesse ficou registrado na literatura, ficção científica.
Georges Melies (França) foi um dos precursores do cinema, que no seu filme "Le voyage dans la Lune" acabou criando um dos primeiros filmes de ficção científica em que descrevia uma incrível viagem à Lua em 1902.



No entanto, homenagiaram-no com uma medalha de metal com banho de ouro, ao pouso da Apollo XI na Lua, formato 3,8cm de diâmetro.


Marisa Gonçalves

Land Art / Earth Art



Land Art, também conhecida como Earth Art ou Earthwork é o tipo de arte em que o terreno natural é a própria obra de arte.A Land Art surgiu em finais da década de 1960, como expressão de um desencanto relativo à sofisticada tecnologia da cultura industrial, bem como ao aumento do interesse às questões ligadas à ecologia. O conceito estabeleceu-se numa exposição organizada na Dwan Gallery, Nova York, em 1968, e na exposição Earth Art, promovida pela Universidade de Cornell, em 1969.Land Art é um tipo de arte que, por suas características, não é possível expor em museus ou galerias (a não ser por meio de fotografias). Dentre as obras de land art que foram efetivamente realizadas, a mais conhecida talvez seja a Plataforma Espiral (Spiral Jetty), de Robert Smithson (1970), construída no Grande Lago Salgado, em Utah, nos Estados Unidos da América.A Land Art foi reconhecida como a mais "suportada" das inspirações artísticas. No final dos anos 60, um numero de artistas iniciou fora das quatro paredes da galeria uma série de criações no deserto e montanhas do Nevada, Utah, Arizona e Novo México. A Land Art deixa os espaços comuns de exposição como a galeria, o atelier e o museu para "investir no planeta". Renova a noção deexposição: uma experiência real e intransponível, representada em vastos espaços, como a montanha, o mar, o deserto e o campo, para uma maior liberdade criativa.






Principais artistas:



Robert Smithson (1938-1973)
Sol Lewitt (1928)
Robert Morris (1931)
Carl Andre (1935)
Christo & Jeanne-Claude (1935)
Walter de Maria (1935)
Dennis Oppenheim (1938)
Richard Long (1945).

Andy Warhol





Andrew Warhola ou Andy Warhol foi um pintor e cineasta norte-americano, bem como uma figura maior do movimento de pop art.
Os seus pais eram imigrantes no norte da Eslováquia. Para evitar ser recrutado pelo exército austro-húngaro no fim da Primeira Guerra Mundial, o pai de Andrew Warhol emigrou para os Estados Unidos.
Nos anos sessenta, Andy Warhol começou a pintar produtos americanos famosos, ou ícones de popularidade, como Marilyn Monroe. É de sua autoria a expressão "um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama " ao comentar obras próprias baseadas em acidentes automobilísticos, em especial o de uma ambulância.
Em 1987 ele foi operado à vesícula biliar. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte. Ele era célebre há 35 anos.









(DESENHADO POR: ANDY WARHOL)

Usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objecto produzido em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro.






O Profeta da Vanguarda

Man Ray nasceu em Filadélfia (1890) e morreu em Paris (1976). Seu nome Man Ray foi o pseudónimo de Emmanuel Rudnitzky.


Ray estudou Arte tirando cursos nocturnos em várias escolas, incluindo a National School of Desing de Nova Iorque. Em 1908 estudou desenho em Francisco Ferrer Social Center, começando em 1911 a trabalhar como pintor e escultor. Foi um dos primeiros pintores abstractos dos EUA, tendo contactos com a arte vanguardista da Europa.

Em 1915 começa a olhar para um novo tipo de arte - a Fotografia! Trabalhou como fotógrafo independente, realizador de cinema e pintor. Foi pioneiro do movimento artístico Dada de Nova Iorque em 1917.


Depois de ter comprado a sua primeira câmara para fotografar os seus quadros, conseguiu desenvolver uma obra fotográfica que pela sua criatividade e pela grande capacidade plástica possui um enorme rigor técnico.


Passados quatro anos, Man Ray foi para Paris e a partir daí começou a trabalhar com surrealistas. Sendo um homem de várias actividades artísticas, aceitou projectos comerciais, em especial nas áreas de retrato e da fotografia de moda.
Devido à guerra entre os alemães e os franceses (1940), este artista volta para o seu país, onde viveu em Hollywood até 1950, passando a dar aulas de fotografia e pintura.
O gosto por Paris fá-lo voltar em 1951, permanecendo aí até à sua morte (1976).


"Quem faz arte criativa, é uma pessoa sagrada!" , pouco antes de morrer ao explicar o porquê de escolher ser um artista de vanguarda.


Para saber mais visite:
www.naosomosnos.blogspot.com


Com o objectivo da crítica irónica do bombardeamento da sociedade capitalista pelos objectos de consumo, ela operava com signos estéticos de cores inusitadas massificados da publicidade e do consumo, usando como materiais principais, gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objectos do quotidiano em tamanho consideravelmente grande, como de uma escala de um para cinquenta, transformando o real em hiper-real.
Em meados da década de 60 os artistas, por sua vez, defendem uma moderna, irreal, que se comunique directamente com o público por meio de signos e símbolos retirados do imaginário que cerca a cultura de massas e a vida quotidiana. A defesa do popular traduz uma atitude artística adversa ao hermetismo da arte moderna. Nesse sentido, esse movimento, que é considerado chato, coloca-se na cena artística como um dos movimentos que recusa a separação arte/vida. E o faz pela incorporação das histórias em quadrinhos, da publicidade, das imagens televisivas e do cinema. Assim, surge a Pop Art, na Inglaterra, através de um grupo de artistas intitulados Independent Group. A primeira obra considerada Pop é o que exactamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes. Os artistas e críticos integrantes do Independent Group lançam em primeira mão as bases da nova forma de expressão artística, que se beneficia das mudanças tecnológicas e da ampla gama de possibilidades colocada pelo visual moderno, que está no mundo - ruas e casas - e não apenas em museus e galerias. Eduardo Luigi Paolozzi, Richard Smith e Peter Blake são alguns dos principais nomes do grupo britânico.
É possível observar nas obras Pop britânicas um certo deslumbramento pelo american way of life através da mitificação da cultura estadunidense. É preciso levar em consideração que a Inglaterra passava por um período pós-guerra, reerguendo-se e dislumbrando a prosperidade económica norte-americana. Desta forma, todas as obras dos artistas pop britânicos aceitaram a cultura industrial e assimilaram aspectos dela na sua arte de forma eclética e universal.
Ao contrário do que sucedeu na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos os artistas trabalham isoladamente até 1963, quando duas exposições (Arte 1963: novo vocabulário, Arts Council, Filadélfia e Os novos realistas, Sidney Janis Gallery, Nova York), reúnem obras que se beneficiam do material publicitário e da mídia. É nesse momento que os nomes de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, James Rosenquist e Tom Wesselmann surgem como os principais representantes da arte pop em solo norte-americano. Sem estilo comum, programas ou manifestos, os trabalhos desses artistas se afinam pelas temáticas abordadas, pelo desenho simplificado e pelas cores saturadas. A nova atenção concedida aos objectos comuns e à vida quotidiana encontra os seus precursores na antiarte dos dadaístas.





Arquitectura contemporânea em Portugal
Início
Não existe data específica para o arranque da arquitectura contemporânea em Portugal. Os registos dos primeiros sinais que a identificam, apontam para uma época nunca anterior a 1950. No entanto é sempre referenciado o acontecimento político do 25 de Abril de 1974 como data “oficial” a partir da qual foi impulsionada a corrente.
A "Arquitectura Popular Portuguesa" marcou a arquitectura contemporânea dos anos 50 que prevaleceu até ao final do Salazarismo.

Arquitectos contemporâneos portugueses
As obras de Álvaro Siza Vieira surgem como referência da arquitectura contemporânea das décadas de setenta e oitenta. Aliados a este nome surgem arquitectos como Manuel Taínha, Fernando Távora, Eduardo Souto Moura, Nuno Teotónio Pereira, entre outros. O surgimento das novas gerações de arquitectos que os sucederam veio introduzir um alargar de tendências arquitectónicas progressiva com maior ou menor recurso aos traços que já caracterizam a arquitectura contemporânea em Portugal.
Contemporaneidade e inovação
Assiste-se hoje, em Portugal, a um fenómeno complementar e inovador no âmbito da arquitectura contemporânea portuguesa que contrapõe a, conceitos velhos e conservadores de tradições e modos de operar, a uma intenção afirmada, ainda com alguma timidez, de inovar o espaço e construí-lo com conceitos, materiais e técnicas que permitam viver em pleno a contemporaneidade.
A sociedade contemporânea ditou progressivamente, através de uma sucessão de acontecimentos caracterizados pela emergência da performance e voluntarismo mediático, uma corrente arquitectónica alimentada pelo modus vivendi alterando a dimensão do habitar e ocupar a arquitectura.
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Arte Cinética



A arte cinética, também conhecida como Cinetismo, é uma corrente das artes plásticas que explora efeitos visuais por meio de movimentos físicos ou ilusão de óptica ou truques de posicionamento de peças. Artistas como Marcel Duchamp (1887-1968), Alexander Calder (1898-1976), Vasarely (1908), Jesus Raphael Soto (1923), Abraham Palatinik (1928), Yaacov Agam (1928), Jean Tinguely (1925), Pol Bury (1922) são apontados como expoentes desta linguagem. O termo cinético está etimologicamente ligado à ideia de movimento. Na tradição artística, é possível localizá-lo, por exemplo, no Manifesto Realista de Antoine Pevsner (1886-1962) e Naum Gabo (1890-1977), em escritos de László Moholy-Nagy (1895-1946) e nas páginas da revista de arte argentina Madí (1946), ainda que saibamos ser a preocupação com o movimento nas artes visuais muito mais antiga, aos animais representados nas paredes de Lascaux. A especificidade da arte cinética, dizem os estudiosos, é que nela o movimento constitui o princípio de estruturação. O Cinetismo rompe assim com a condição estática da pintura, apresentando a obra como um objecto móvel, que não apenas traduz ou representa o movimento, mas está em movimento. Ao observador cabe contemplar o movimento inscrito nas obras, "desenhos quadridimensionais", como quer Calder. A arte cinética, por introduzir na obra de arte o movimento real, defronta-se com um problema básico que é a receptividade, inerente ao movimento mecânico. Esta questão foi indirectamente levantada por Mário Pedrosa, ao sugerir a Palatnik que passasse da mecânica para a electrónica. Esta questão atormentou todos os artistas que seguiram esse caminho, como Nicolas Schöffer, Le Parc, Jean-Tinguely e inclusive Alexandre Calder, que simplesmente livrou-se dele: excluiu o motor de sua móbiles e deixou que se movessem ao sopro casual da brisa.

Alexander Calder ( Pop Art )


Alexander Calder nasceu em Lawton, Pensilvânia a 22 de julho de 1898 e faleceu em New York a 11 de novembro de 1976.
Formou-se em engenharia e antes de se dedicar à escultura foi pintor e ilustrador.
Em 1926, após visitar a Grã-Bretanha, fixou-se em Paris, onde conheceu surrealistas, dadaístas e os componentes do grupo De Stijl. Construiu um circo em miniatura, com animais de madeira e arame. Os seus “espetáculos” eram assistidos por artistas e intelectuais. Fez, também em arame, as suas primeiras esculturas: Josephine Baker (1926), Romulu and Remus (1928), Spring (1929).
De 1931 fez as suas primeiras construções abstratas, nitidamente influenciadas por Mondrian. Em 1933 Calder voltou aos Estados Unidos. Em 1948 viajou à América do Sul e de novo em 1959. Nessa última ocasião, visitou o Brasil, onde expôs no Museu de Arte de São Paulo. Em 1950 foi à Escandinávia.
Calder ocupa lugar especial entre os escultores modernos. Criador dos stabiles, sólidas esculturas fixas, e dos móbiles, placas e discos metálicos unidos entre si por fios que se agitam tocados pelo vento, assumindo as formas mais imprevistas – a sua arte, no dizer de Marcel Duchamp, “é a sublimação de uma árvore ao vento”.
Calder foi o primeiro a explorar o movimento na escultura e um dos poucos artistas a criar uma nova forma – o mobile. Nos últimos anos mantinha um estúdio em Saché, perto de Tours, e embora vivesse aí a maior parte do tempo, conservou sua fazenda de Roxbury, Connecticut, comprada em 1933, e que se tornara um verdadeiro repositório de trabalhos e objectos feitos por ele – desde os andirons espiralados da lareira rústica até às bandejas feitas com latas de azeite italiano.

Arquitectura High-Tech

A Arquitetura High Tech, ou de Alta Tecnologia, é uma corrente da arquitetura, emergente nos anos 70, muito centrada no emprego de materiais de tecnologia avançada nas construções, como o próprio nome indica.

No Design(em alguns casos projeto ou projecto, é um esforço criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato. Esse esforço normalmente é orientado por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema), também, teve forte marcação.


Historiadores classificam-na dentro de um chamado Tardo-modernismo, juntamente com outras atitudes estéticas, como o Slick-tech, numa alusão aos valores contrapostos às atitudes pós-modernas associadas à este tipo de intervenção que caracteriza a High Tech.

Um exemplo famoso deste tipo de arquitetura é o Centro Pompidou(imagem acima) em Paris, projetado por Richard Rogeres e Renzo Piano.


Richard Rogers, Barão Rogers de Riverside, é um arquitecto britânico, nasceu em Florença em 23 de julho de 1933. Em 2006 foi o vencedor do Prémio Stirling pelo terminal 4 do Aeroporto de Barajas. Em 2007 recebeu o Prêmio Pritzker pelo conjunto de sua obra.


Renzo licenciou-se em 1964 na Escola de Arquitetura do Instituto Politécnico de Milão. Enquanto estudante, trabalhou num projeto sob a orientação de Franco Albini, visitando regularmente os edifícios que o seu pai coordenava, visto que este trabalhava no ramo da construção civil. Entre 1965 e 1970, terminou sua formação e realizou algumas experiências de trabalho através de viagens de estudo à Grã-Bretanha e América. É nessa altura que Renzo Piano conhece Jean Prouve, que se tornou seu grande amigo, tendo tido uma influência profunda na sua vida profissional e nos seus projetos.O seu histórico arquitetônico conta já com uma vasta gama de obras muitíssimo conhecidas e conceituadas a nível mundial (onde se destaca o Centro Georges Pompidou). Porém, Piano não se cansa de produzir a sua fantástica arquitetura high-tech que fascina qualquer pessoa desde o seus meros esquissos carregados de simbolismo, às suas imponentes construções envoltas de um característico misticismo e magia que dão toda a vida às suas obras.


As ferramentas e as máquinas ajudam a resolver problemas nesta arquitectura.
Também as técnicas, os conhecimentos, os métodos, os materiais, as ferramentas, e essencialmente os processos usados para resolver problemas ou então pelo menos facilitar a solução dos mesmos.

Um método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia de manufatura, a tecnologia de infra-estrutura ou a tecnologia espacial);
A aplicação de recursos para a resolução de problemas;


A Tecnologia pode ser usada para descrever ao nível de conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada cultura;
Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de como combinar recursos para produzir produtos desejados, e conhecimento do que pode ser produzido.
A tecnologia é, de uma forma geral, o encontro entre ciência e engenharia. Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como um colher de madeira e a fermentação da uva, até as ferramentas e processos mais complexos já criados pelo ser humano.


Sara Teixeira, Audiovisuais